Uma Nova República
“Rendei graças ao Senhor porque ele é bom, porque sua misericórdia dura para sempre.” Sl 136.1
A República inaugurada em 15 de novembro de 1889 deu fim à monarquia brasileira e um governo provisório foi estabelecido. A aprovação popular acontecia por causa do desejo dos benefícios ainda não alcançados, e o decreto número um, redigido por Rui Barbosa, anunciava a escolha da forma de República Federativa, com as antigas províncias constituindo, juntamente com a Federação, os Estados Unidos do Brasil. Terminava assim o reinado de D. Pedro II e o poder não seria mais centralizado num monarca.
A conversão gera um processo inverso. Da disputa de comando da vida, o coração entregue a Cristo faz Dele o centro de nossa existência. E é isso que traz satisfação à existência humana, pois a pessoa consegue se ver completo apenas em Deus. O governo de Cristo promove a paz, a conciliação, a busca de interesses coletivos e não egoístas. Os que abraçam essa nova experiência de fé passam a ser participantes de um reinado que, ao contrário de outros, dura para sempre.
Entretanto, grandes mudanças acompanham o novo regime. Novos valores e novas referências devem ser aceitos para que haja verdadeira comunhão com as coisas do Reino de Deus. Assim também os benefícios desta fé salvadora passam a fazer parte da vida do crente, quando este confia e espera no Senhor, buscando nas suas palavras a sabedoria, a resistência à tentação de procurar vias mais rápidas para a solução de problemas terrenos. Conta-se, numa ilustração, que uma senhora viúva constantemente reclamava ao seu pastor sobre a piora de sua situação financeira. O pastor lhe aconselhava a buscar as Escrituras, dizendo:
─ A senhora tem lido a Bíblia?
─ Sim, todos os dias.
Numa rápida saída para preparar um café, o pastor aproveita a ausência e querendo auxiliá-la, coloca certa importância em dinheiro dentro da Bíblia. Dias depois, em outra visita e após novas reclamações, o pastor pedindo a Bíblia perguntou-lhe novamente:
─ A senhora tem mesmo lido a Bíblia? ─ E ela rapidamente responde que sim.
É fácil de imaginar o constrangimento daquela irmã ao ver a nota guardada ali e ainda ouvir:
─ Talvez a senhora não tivesse passado tanta necessidade se tivesse buscado a Palavra de Deus.
Se estamos debaixo do Seu governo, devemos somente levar nossas petições a Deus, buscar o Seu Reino antes de todas as coisas, submeter à Sua vontade cumprindo com dedicação ao que se requer. Os benefícios virão com bênçãos, paz, consolo e amor. E isso não fica como promessa de campanha. É a misericórdia de Deus que dura para sempre e garante aos filhos a companhia em todo tempo.
Rev. Carlos Eduardo