Precisa-se de lanternas!
Este mundo estranho no qual se vive hoje, repleto de conceitos politicamente corretos, deve decretar em breve o fim do Carnaval. Sim, porque esta festa originada dos conceitos da fé romana foi que estabeleceu que nos 40 dias anteriores às celebrações da Páscoa, estavam proibidas a comercialização e alimentação com carne. Com isso, o final de semana anterior seria para todo exagero diante da escassez dos 40 dias seguintes. Com tantos movimentos contrários ao abate de animais, com tantos movimentos querendo fazer prevalecer a doutrina vegana, com tantas correntes que são de oposição a tudo que existe, não faz sentido a “festa da carne” sem a própria carne…
Mas é claro que isso não acontecerá. A festa já perdeu seu princípio religioso há muito tempo. Agora é a festa pela festa, mesmo que para os excessos, a quarta-feira traz o “perdão” simbolizado pelas cinzas (que ironicamente vem de inspiração pelo que faziam nos tempos bíblicos, quando os arrependidos rasgavam suas roupas e sentavam-se em cinzas). Começa, assim, a Quaresma sem ter que carregar a culpa dos pecados cometidos nos dias imediatos anteriores.
A semana do carnaval não é mais pecadora que as demais no ano, assim como a semana santa não é mais pura que as demais do restante do ano. É o homem, e seu coração com Deus, que mostram isso. Você pode viver de maneira totalmente santificada nestes dias como deve fazer em qualquer dia do ano. Você deve evangelizar neste feriado como deve fazê-lo em todos os demais períodos da sua vida. Não é o calendário que dita nosso comportamento cristão. É Cristo, em sua Palavra, que dita o comportamento para onde estiver e no momento que estiver. Não coloque a culpa na data para uma vida não santa ou para a falta de compromisso evangelístico. Se no restante do ano a vida não é diferente do padrão do mundo, não serão cinco dias que farão alguma diferença.
Lembre sempre das determinações bíblicas. Elas devem ser o parâmetro: Fazei tudo sem murmurações nem contendas; para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo – Fp 2.14,15.
Rev. Carlos Eduardo