Dízimo: sinônimo de gratidão
Dia desses, ao final do culto, na hora das pastorais, o Rev. Carlos Eduardo fez um convite para o Culto em Ação de Graças. Só que ele disse algo inédito e muito interessante. Palavras do pastor: “O culto em ação de graças a Deus somente deverá ser prestado por aqueles irmãos e irmãs que receberam alguma graça. Avise os demais irmãos, amigos e conhecidos que só vamos deixar entrar na igreja quem tiver alguma coisa pra agradecer. Portanto, se você não tiver nada a agradecer, não venha”, arrematou em tom de brincadeira.
Na hora eu pensei e disse pra mim mesmo: “Eu estou dentro”. E comecei a listar alguns motivos pelos quais eu sou muito grato a Deus. Lembrei da minha família (muitas famílias estão desestruturadas, contaminadas e corroídas pelo pecado), lembrei da minha saúde (quantos não gostariam de estar na igreja mas estão presos a um leito), lembrei também do meu emprego (o IBGE relatou recentemente que o Brasil possui cerca de 14 milhões de desempregados) e me lembrei também da minha liberdade, de que posso ler a Bíblia em público, frequentar uma igreja sem que alguém me persiga ou queira me matar (Relatório World Watch List divulgado no início de 2018 pela Associação Portas Abertas revela que mais de 215 milhões de cristãos sofrem perseguição).
Dobrei, então, os meus joelhos e tentei responder ao questionamento apresentado pelo Sl 116:12 “Que darei ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?”
Nossa igreja tem passado um período de apreensão pela queda na arrecadação, mas é na dificuldade que surgem alternativas e oportunidades. Por isso estou conclamando você que ainda não é dizimista fiel, que aceite o desafio proposto pelo próprio Deus através da voz do Profeta Malaquias: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes”(Ml 3:10). Entregar o dízimo é um sinal de gratidão pelas bênçãos recebidas.
Peço licença aos irmãos e irmãs, para contar um fato real, porém me foi pedido para manter o anonimato dessa pessoa, membro da nossa igreja. Depois de 12 anos trabalhando numa multinacional, veio a demissão. A bordo da dispensa vieram choro, sofrimento, angústia e a renda familiar que ficou absurdamente reduzida, porém o dízimo nunca deixou de ser trazido à Casa do Senhor. Foram quase dois anos, 23 meses para ser mais exato, de oração e súplicas na busca pelo novo emprego que finalmente Deus enviou.
Quando recebeu o primeiro salário, sabem o que a pessoa fez? Doou integralmente à igreja como oferta e agradecimento. Este é um mais um testemunho de que Deus é Fiel e que vale a pena você aceitar o desafio de ser um dizimista. Portanto, meu irmão, minha irmã, caros visitantes. Se você é membro desta ou de qualquer igreja evangélica, assuma o compromisso de ser dizimista fiel. Faça isso, proceda assim e guarde estas palavras. Você vai comprovar, se é que ainda não comprovou, que o nosso Deus é fiel.
E já que comecei citando o pastor, vou terminar como ele sempre termina suas mensagens. “Que Ele nos ajude”.
Pb. Edison de Souza