Consegue segurar pelas mãos?

Uma frase atribuída ao americano Benjamin Franklin, escritor e cientista, diz que “as três coisas mais difíceis do mundo são: guardar um segredo, perdoar uma ofensa e aproveitar o tempo“. Para o primeiro caso, há quem afirme que um segredo a ser guardado por três pessoas requer que dois morram… Para o segundo, a solução demanda uma transformação interna de tanta entrega que pode ser tratado como sobre-humano. Quanto à terceira situação, somente a maturidade vinda com o tempo ajudará a ter menos prejuízo.

Estamos na metade do ano e o mundo corporativo analisa se as metas traçadas poderão ser conquistadas. Claro que isso tem a ver com progresso, finanças, expansão. Mas se tomamos o mesmo procedimento para a vida particular, quanto tempo já se deixou de aproveitar? Quais metas poderão ser alcançadas até o final deste ano? Quais eram apenas utopia demais? Pode ser que a resposta comece por um “mas eu nem pensei em nada…”. Ou seja, para onde o vento soprar, é para lá que se vai.

Não se pode considerar a vida sem propósitos. Levar a vida sem desafios ou sem alvos é querer segurar o tempo pelas mãos para poder reter sua velocidade e retardar alguns processos naturais que incluem o próprio envelhecimento. Não vai dar certo.

Ainda há tempo de reverter, e não só a metade do ano, pois pode ser que seja necessário reverter o rumo da vida. Olhe os caminhos por onde tem andado, porque podem ser caminhos de morte – como diz Salomão em seus provérbios. Caminhos encantadores mas inúteis levam ao nada e fazem desperdiçar cada minuto e a vida inteira. Para algumas pessoas, a maturidade tardia demora fazer os olhos se abrirem. Mas aí já vai ser tarde – ninguém pode segurar o futuro, que nos chega na velocidade de 60 segundos por minuto, inevitavelmente.

Deus nos dá a responsabilidade de uma única história e vida. Então precisamos devolver a Ele, como mordomos, em resposta daquilo que nos foi confiado. Quais serão as contas prestadas a Deus? Do corpo, dos bens, das coisas, do tempo?

Que Ele nos ajude a remir o tempo, porque os dias são maus!

Rev. Carlos Eduardo